A ilha é uma colcha de retalhos
Em se tratando de filmagem, tudo pode acontecer. E na pós, também. Sim, perdemos alguns arquivos, e imagens foram descartadas. Reunimos o melhor em termos de qualidade do que tínhamos, e potencialmente todo o som que usamos no filme foi feito de forma direta, pelo querido César Pezzi, na hora das filmagens, e mixadas na pós.
Contudo, apesar de alguns percalços e improvisos, conseguimos manter o roteiro original enquanto montagem. Junto com o Matheus, definimos as sequências, costuramos a arte, e finalizamos com as cartelas dos planetas. Ah, Matheus é o melhor editor e amigo do mundo que alguém pode ter em uma ilha de edição. Recomendadíssimo!!! Ele tem um olhar certeiro aos detalhes, visão artística e sensibilidade para uma boa parceria de criação.
Duas pessoas também colaboraram muito na edição: o Chris que fez a cor e o Tiago que mixou o som. Foi um processo muito interessante, de aprendizados e desafios. Estar em ilha significa perder a noção do tempo, dos dias e das horas. Tanto meu marido quanto o meu filho, super colaboraram também, com lanches e comidinhas para facilitar a vida da gente. Estava correta uma professora de produção que eu tive que dizia: “Sem comida não há set”. Eu complemento: “Sem comida também não há ilha”.
O mais legal no processo de edição é quando as coisas dão certo. Parece óbvio mas só quem já teve essa experiência pode compreender o que eu digo. Na verdade, contamos com a tecnologia quase o tempo todo. Sinais e redes de internet, programas e aplicativos, tudo precisa funcionar em harmonia. E organização com os arquivos, nem se fala! É um período do filme que parece não ter fim, mas que deixa saudades.
*na mesma época da edição do filme, encomendei a animação do logo da Gatamel. O desenho original é da bela Samyta Nunes e a animação e som do artista Will. Eu adorei o resultado.
