Desde a primeira linha escrita do argumento do filme Prazer, Casa 08 ela esteve presente. Foi dela também a inspiração para o título (sim, eu converso com ela, diariamente). Então, quando eu estava analisando o meu mapa pessoal do ano, para sentir melhor a pegada do filme e as abordagens que eu faria nas entrevistas através dos mapas astrais de cada convidado, eu disse a ela:
- Aqui, Mel, é a casa 08. A casa astral do mergulho mais profundo, da intimidade com o outro e consigo mesmo, o lugar onde repousam os nossos segredos, as dores e os prazeres que tocam a alma. É tipo assim: Prazer, Casa 08. Ela miou. Entendi: “Prazer, Casa 08”... hum, é um bom nome para o filme. E assim ficou. E nunca houve outro nome.
A casa 08 da astrologia não tem ensaio. É a casa do ciclo vida - morte -vida de tantas etapas que vivemos em uma vida. A casa 08 astral tem muito mais do que 07 vidas; cabe a cada um de nós a coragem para este mergulho em renascer. (Não é a toa que é regida por Marte e Plutão, a casa misteriosa de escorpião).
A vida não tem ensaio. O filme também não teve nenhum ensaio; de tudo, é o que mais me espanta: Nenhum ensaio. Tudo o que foi filmado, realizado no filme, foi de prima, na hora e na lata. Nao houve tempo para ensaios, nem espaço apto para isso. Mas tivemos a minha gatinha Mel que docemente acompanhou todo o processo de criação e realização, de pré e de pós produção, com seu jeitinho fofo e presente. E todas as vezes que montávamos os equipamentos na sala, e fechávamos as mochilas de lentes e de câmeras, ali ela ficava: sentadinha, olhando. E deitadinha, sonhando. Exatamente em cima do material. Ela também serviu de musa para a paleta de cor do filme. Anexei a foto/teste nas imagens desses post.
Prazer, Mel: você é a gatinha mais musa do mundo. A companhia perfeita e presente em todo esse processo de estudos e das minhas pesquisas de cinema. Muito obrigada por existir. ❤️
